Parabéns, mulheres baianas, célula viva da política no Estado.

Poucos momentos da história das civilizações o mundo assistiu a uma onda tão expressiva de mudanças. Em múltiplas áreas. Seja no campo das ciências em geral, como das tecnologias sociais. Muitas alegóricas, que apenas fazem coro a modismos. Outras bem positivas, que colaboram com a sociedade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Uma dessas mudanças, entretanto, merece ser destacada, pelo grau de sensibilidade que traz às decisões no âmbito da política na Bahia, bem como no Brasil. E não há dia mais adequado que o 8 de março para este reconhecimento. Refiro-me ao empoderamento da mulher na sociedade contemporânea.
Em minha trajetória, tenho sido uma testemunha da contribuição que as mulheres têm dado à vida baiana, seja na arte, na cultura, na lavoura, no esporte, na ciência e nos demais campos da atividade humana. E a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia trouxe-me um aguçamento dessa percepção.
Quanto aprendizado tem me permitido, e o orgulho que tem sido conviver e dialogar diariamente com mulheres do naipe de Angela Sousa, Fabíola Mansur, Fátima Nunes, Ivana Bastos, Luiza Maia, Maria Del Carmen, Mirela Bastos e Neusa Cadore, deputadas que honram o parlamento. Que bom seria se elas fossem em maior número.
Cabe destacar o belo trabalho realizado pela Comissão dos Direitos da Mulher desta Casa, presidida pela deputada Neusa Cadore. Nesses tempos difíceis que o país atravessa, de inversão de valores, seria bom se tivéssemos mais mulheres em cargos de comando.
Falar de Poder Legislativo na Bahia, no Dia Internacional da Mulher, torna-se imperativo que falemos de Assembleia de Carinho, o instituto formado pelas nobres colegas e esposas dos deputados, uma das grandes marcas da atual gestão.
Quanto orgulho sinto em ver a narrativa que o Assembleia de Carinho, capitaneado pela minha mulher, Eleusa Coronel e sua equipe, vem escrevendo na história do parlamento, valendo-se do alfabeto da humildade e dando um caráter humanista às ações da Alba, fato inédito entre os Legislativos do país.
A partir de convênios firmados com instituições do quilate humanitário das Obras Sociais Irmã Dulce, Liga Bahiana contra o Câncer (Hospital Aristides Maltez), GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer), Hospital Martagão Gesteira, Associação Amigo dos Autistas (AMA), Fundação Dr. Jesus, Fundação Manassés, entre outras, o Assembleia de Carinho tem contribuído para mudar a configuração social no Estado e estimulado o voluntariado.
A sensibilidade e a firmeza da mulher baiana também têm marcado presença em outros poderes e órgãos estaduais. Destaque para o equilíbrio da procuradora-geral, Ediene Lousado, à frente do Ministério Público do Estado (MPE).
Podemos citar a ótima gestão que se findou da desembargadora Maria do Socorro Santiago, no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), as secretárias do governo Rui Costa, Fabya Reis (Sepromi), Julieta Palmeira (SPM) e Olívia Santana (Setre), além de Maria Quitéria (Flem) e Edylene Ferreira (União de Vereadores da Bahia), sem contar as centenas de mulheres nas 417 prefeituras baianas.
O Dia Internacional da Mulher é mesmo para ser celebrado na política da terra do acarajé. Assim como para se permitir a uma reflexão acerca de nossas políticas públicas no enfrentamento à violência contra elas. Por falar nesse relevante tema, cometeria uma injustiça se me furtasse a salientar a dedicação da major Denice Santiago, na direção da Ronda Maria da Penha, combatendo o sórdido crime de violência contra a mulher.
A mulher hoje é uma célula viva da sociedade contemporânea, que merece cada vez mais galgar postos de direção. Já são maioria da população e do eleitorado brasileiro. Por isso é essencial a adoção de medidas que garantam a equidade de direitos com os homens e mais autonomia.
O Brasil precisa de mais mulheres integrando o seu processo de democratização, que inclusive tem enfrentado alguns reveses, o que só reforça a necessidade do recrudescimento da participação feminina na vida política nacional. Exemplos não faltam.
Pequena no tamanho, gigante na sabedoria, Irmã Dulce foi uma das mulheres que mais fizeram Política Inteligente, a chamada Boa Política, com o Rótulo da Dignidade. Em nome de nossa querida Santa, o Anjo Bom da Bahia, quero saudar a todas as baianas pelo Dia Internacional da Mulher.