Moção de Aplauso ao Governo da Bahia e à Prefeitura de Salvador pela realização do maior Carnaval do mundo em 2017.

O deputado infrafirmado vem, com esteio nos dispositivos regimentais, fazer inserir na ata dos trabalhos desta Egrégia Casa Legislativa, Moção de Aplauso ao Governo da Bahia e à Prefeitura de Salvador pela realização conjunta do maior Carnaval do mundo em 2017.
A festa de Momo na primeira capital brasileira foi realizada este ano a quatro mãos. Mãos responsáveis. Mãos criativas. Mãos de chefes de Executivos que entenderam que a festa pertence ao povo, por ele é feita e a ele deve ser dedicada. Em harmonia e maturidade administrativa, Governo do Estado e Prefeitura do Salvador realizaram o maior Carnaval de rua do planeta. Melhor para os cerca de 2 milhões de pessoas que estiveram diariamente nos sete circuitos da festa – Dodô, Osmar, Batatinha, Riachão, Sérgio Bezerra, Orlando Tapajós e Mestre Bimba – durante os sete dias oficiais de folia.
Com o tema Cidade da Música – referência ao título que Salvador recebeu recentemente da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) -, o Carnaval 2017 prestou justa homenagem aos artistas regionais pelos 50 anos do Tropicalismo – movimento de vanguarda e ruptura que sacudiu a música e a cultura brasileiras nos efervescentes anos de 1967 e 1968, com a participação de expoentes baianos como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, José Carlos Capinam, entre outros.
Foi uma festa democrática, participativa, com segurança, global e com o tempero e a irreverência dos baianos. E que o mundo assistiu e aprovou. Foi, sem dúvida, o Carnaval da pipoca. Pela primeira vez o número de atrações de graça superou os blocos pagos. Atrações de renome nacional.
A proposta foi clara: menos corda, mais folião-pipoca nas ruas. Mais fantasias, menos abadás. Se faltou corda nos blocos, separando ricos de pobres, como há anos acontecia, ela sobrou em animação nos 10 bairros onde a alegria momesca fez-se presente. O folião estava mesmo com a corda toda. Foi uma retomada ao modelo dos antigos carnavais, desejo de 10 em cada 10 carnavalescos que brincam o Carnaval na capital do Estado.
Os investimentos oficiais foram condizentes ao tamanho da folia. Mais de R$ 90 milhões, somados, foram aplicados pelo Governo do Estado e Prefeitura do Salvador – a maioria buscada de patrocinadores privados. A economia local foi a grande beneficiada. Como legado financeiro, a capital baiana teve uma movimentação econômica na festa de Momo da ordem de R$ 1,5 bilhão. Recebeu mais de um milhão de turistas e gerou algo em torno de 250 mil empregos diretos e indiretos.
A atuação das duas esferas de poder no Carnaval assegurou mais de 300 atrações de peso ao folião-pipoca, seja em blocos, furdunço e fuzuê, além de 171 shows e performances artísticas em palcos montados no Pelourinho e adjacências. O Executivo Municipal garantiu ainda limpeza e transporte eficientes, sem contar abrigo para crianças para que os pais brincassem tranqüilos.
Já o Executivo Estadual destacou-se nos aspectos segurança e saúde. Para isso, o uso da tecnologia foi peça chave. Vistorias no Aeroporto Internacional de Salvador e os 46 portais de abordagem fizeram a primeira varredura de armas, similares e indivíduos em restrição do convívio social. O monitoramento dos circuitos e ruas, feito por 500 profissionais em esquema de plantão, do Centro de Operações e Inteligência 2 de Julho, assegurou a integridade do folião.
Foram 250 câmeras mostrando tudo que acontecia na cidade em tempo real. No total, 25 mil profissionais da segurança, entre civis, militares, técnicos e bombeiros militares atuaram em Salvador e outros 31 municípios da Bahia em que soaram os acordes dos festejos de Momo.
A estrutura concebida para a saúde também atendeu com presteza toda a demanda da festa. Foram montados plantões especiais com equipes de profissionais multidisciplinares no Hospital Geral do Estado (HGE) e nos hospitais Roberto Santos, Ernesto Simões e Menandro de Farias. Sem contar dois postos de detecção de HIV/Aids, sífilis e hepatites virais, instalados na Barra e Ondina. Destaque ainda o plantão da Ouvidoria Geral do Estado, de sexta (24) a terça (28), no sistema 0800, inclusive por celular.
ORIGEM E SIGNIFICADO
Acredita-se que o Carnaval tenha origem na Grécia, em meados dos anos 600 a 520 a.C, a partir de cultos em agradecimentos aos deuses. É regido pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. Já o Carnaval moderno, com desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana.
Carnaval significa “festa do adeus à carne”. Em latim, carnis significa carne, e levale, retirar. A palavra está relacionada à idéia de abstinência de alimentos de origem animal, a partir da implantação da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por 40 dias de jejum à Quaresma. Esse período de privações acabaria por incentivar festividades nos dias que antecediam a Quarta-Feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma.
No Brasil a festa chegou no século XVII, originada do entrudo português, onde as pessoas se reuniam para jogar uma nas outras água, ovos e farinha, sendo influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa, especialmente na Itália e França. Os primeiros blocos e cordões surgem no país no final do século XIX. No século XX ganhou cada vez mais o caráter de festa popular, com enorme contribuição das marchinhas.
Ao ganhar o Nordeste brasileiro, o Carnaval se consolida especialmente em Salvador, com o surgimento do primeiro trio elétrico – a Fobica dos inventores Dodô e Osmar -, e a consolidação do Carnaval de rua, com blocos e afoxés, destaque para entidades como Filhos de Gandhi, Apaches do Tororó, Olodum, Ilê Ayê e outros. E também nas cidades pernambucanas de Recife e Olinda, com a afirmação dos bonecos gigantes e os ritmos do frevo e do maracatu.
Pelo exposto, é que venho prestar esta justa homenagem ao Governo do Estado da Bahia e à Prefeitura Municipal do Salvador.
Que seja dado conhecimento desta moção ao Governo do Estado, à Prefeitura do Salvador, às Executivas Nacional, Estadual e Municipal de Salvador do Partido Social Democrático (PSD).
Sala das Sessões, 30 de Fevereiro de 2017
ANGELO CORONEL
Dep. Estadual – PSD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angelo_Coronel