Defensora histórica dos interesses da categoria de trabalhadores em educação na Bahia, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) comentou, na manhã desta terça-feira (12), que o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), tem um discurso bastante alinhado com a pauta dos professores baianos.
A afirmação da parlamentar comunista foi feita na solenidade de lançamento do Seminário Estadual Mais Educação na Política, promovido pela entidade de classe da categoria, ocorrida no auditório Jornalista Jorge Calmon, na Alba, para uma plateia lotada de educadores e servidores da educação no Estado.
Angelo Coronel exortou as autoridades das três esferas de poder no país a dedicar um olhar mais diferenciado e cuidadoso para o setor. A fazer constar na agenda dos governos, sobretudo o ente nacional, a valorização da educação e dos profissionais da área, como forma de promover uma virada na formação da sociedade brasileira.
“Um povo sem educação é um povo sem conhecimento, sem cidadania, sem ciência, sem cultura. A Assembleia Legislativa não poderia se furtar em abrir as suas portas a esse relevante seminário, que debaterá temas importantes em prol da educação na Bahia”, observou, o chefe da Alba.
Angelo Coronel e Alice Portugal receberam da coordenadora-geral em exercício da APLB/Sindicato, Marilene Bethos, a “Carta de Compromisso dos Candidatos ao Governo da Bahia, à Assembleia Legislativa do Estado, ao Senado e à Câmara dos Deputados com a Educação Pública Básica”.
O documento contém onze bandeiras de luta do setor, a exemplo do fortalecimento de uma escola pública democrática, laica, gratuita e de qualidade; a ampliação e transparência na aplicação dos recursos da educação; valorização da carreira, entre outras.
Em discurso, o presidente do Legislativo estadual observou que o desafio do professor do Século 21 é entregar uma escola pública que prepare o aluno às exigências que a vida contemporânea lhe fará. Para ele, uma escola que habilite e encaminhe o jovem a uma profissão, contendo as disciplinas básicas e saberes técnicos, mas também com conteúdo político, de acordo a história e a realidade brasileira.
“Não dá para oferecer uma educação distante da vida nacional, amorfa, sem conteúdo político. Se assim o fizerem, vocês não estão educando efetivamente, e esse alunado estará fadado ao insucesso ante às exigências do mercado de trabalho. Mas tudo com muita responsabilidade, com a consciência de que vocês estão formando o futuro do país”, disse, Coronel.
O parlamentar voltou a criticar a criminalização da atividade política, promovida por setores que querem a despolitização da sociedade e o esvaziamento da educação, visando se locupletar com esta atividade, valendo-se da alienação do povo. Ele sugeriu o uso do voto, dia sete de outubro, como forma de expurgar os maus políticos da vida política do país.
FOTOS: SANDRA TRAVASSOS
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