A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) estará nesta 4ª feira, 20, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a disseminação de informações falsas em redes sociais e em aplicativos de mensagens, a CPMI das fake news.
A deputada irá à Comissão como convidada e o depoimento dela é cercado de expectativa porque até outubro ela era líder do Governo no Congresso Nacional.
O presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA), promete conduzir com total imparcialidade e serenidade a reunião (a 12ª da Comissão), que promete ser de forte embate entre governo e oposição.
“Ela (Joice) teve relações não só políticas, mas também administrativas com o governo e pelo que dizem ela vai trazer muito conteúdo que visa comprometer o Governo. Eu não posso fazer nenhum pré-julgamento. Cabe a ela trazer essas informações e que realmente sejam recheadas de verdade, para não se tornar apenas um palanque político de pessoas querendo se promover”, frisou Coronel.
Sigilo – A CPI recebeu uma série de documentos de redes sociais, aplicativos e entidades como Ministério Público e Polícia Federal.
Entre esses documentos, está o ofício do WhatsApp informando sobre o banimento de 400 mil usuários por terem disparado mensagens automatizadas durante o período eleitoral do ano passado, o que fere as normas do aplicativo.
Há também inquérito da Polícia Federal sobre disseminação de informação falsa igualmente na campanha eleitoral de 2018.
Angelo Coronel informou que só parlamentares cadastrados poderão ter acesso a esses documentos, sem, no entanto, revelarem o conteúdo.
Como base no que lerem, poderão apresentar sugestões para o relatório final da CPI.
Técnicos – Na reunião desta 3ª feira, 19, a CPI ouviu Francisco Brito Cruz, que comanda uma entidade especializada em mundo digital com foco nos direitos humanos, e o delegado Emerson Wendt, especialista em crimes cibernéticos e segurança digital.
“Nós não podemos aqui ficar apenas no sensacionalismo político. Temos que trazer técnicos que instruam os parlamentares a fazer legislação mais dura que possa proteger a sociedade brasileira” disse Coronel sobre a audiência pública.
“Eu quero que ao final a sociedade veja nessa CPI um marco para proteger as famílias, a nossa sociedade, porque não podemos mais ficar à mercê de perfis falsos”, finalizou.
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