O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Angelo Coronel, declarou que a Bahia ficou hoje (22.08) menos “culta, educada e elegante” com o passamento, nesta madrugada, do Mestre, educador, escritor e acadêmico Edivaldo Boaventura. “Meu abraço solidário, e de todos os parlamentares da ALBA, aos familiares e amigos do professor Boaventura por este momento de muita tristeza. E, também, aos seus conterrâneos de Feira de Santana. Um gentleman é a definição mais precisa dele. Um homem do diálogo, elegante, das letras, apaixonado pela cultura, principalmente a francesa. Foi um grande secretário de Educação da Bahia, fundador da Uneb, com o pensamento sempre voltado para a qualidade da educação, da mesma estirpe dos grandes educadores baianos, como Anísio Teixeira, João Florêncio Gomes e Carneiro Ribeiro”, diz Angelo Coronel.
O chefe do Legislativo baiano apresentou moção oficial de pesar pelo falecimento do professor Boaventura. “Além da vida acadêmica, como professor emérito na Universidade Federal da Bahia, secretário da Educação, fundador da Universidade do Estado da Bahia, membro da Academia de Letras da Bahia, ele teve um grande desempenho como diretor-geral do jornal A TARDE, a partir de 1996, quando sucedeu a um dos ícones do jornalismo baiano, o jornalista Jorge Calmon. Criou o projeto A TARDE Educação, inserindo o jornal nas escolas do interior da Bahia”, justifica o presidente da ALBA.
VIDA DEDICADA À EDUCAÇÃO
Edivaldo Boaventura nasceu em Feira de Santana, em 10 de dezembro de 1933, no município de Feira de Santana. Era Mestre e PhD em Educação pela The Pennsylvania State University. Além disso, foi secretário de Educação e Cultura da Bahia por duas vezes, uma entre 1970 e 1971, e a outra entre os anos de 1983 e 1987, quando criou a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e foi reitor da instituição.
Era membro das academias de Letras e de Ciências no Estado, e também dos Institutos Histórico e Geográfico Brasileiro e Geográfico e Histórico da Bahia. Entre suas 40 obras literárias, estão “A educação brasileira e o direito (1997)”, “O Parque Estadual de Canudos (1997)” e “UFBA: trajetória de uma universidade: 1946-1996” (1999). Pai do ator e cantor Daniel Boaventura, Edivaldo Boaventura será sepultado amanhã (23.08), às 15h, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.