O senador Angelo Coronel (PSD-BA) voltou a criticar as propostas de reforma tributária que estão sendo discutidas no Congresso Nacional.
Há várias delas, mas duas Propostas de Emenda à Constituição recebem atenção maior dos parlamentares, uma na Câmara e outra no Senado .
“Nenhuma das duas propostas satisfaz o mercado”, disse Angelo Coronel em entrevista ao programa Argumento, da TV Senado.
O senador, eleito vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, voltou a alertar que “Reforma é para reduzir (impostos), é para simplificar”, e, segundo ele, isso não aparece nas propostas que estão sendo analisadas no Congresso, inclusive nas mudanças enviadas pelo governo anterior para o imposto de renda, das quais o próprio senador é relator.
Ele exemplificou que o setor de serviços será penalizado drasticamente se for aprovada, no texto original, uma das duas PECs.
Angelo Coronel defendeu a formação de uma comissão mista (deputados e senadores) para discutir o assunto, ouvindo empresários de todo o país para que se conheçam as peculiaridades de cada estado da federação.
Com isso, ele acredita, haverá acordo entre as duas casas para que o texto enviado pela Câmara ao Senado, como determina a lei, tenha o aval dos senadores
Coronel está preocupado com os estados do Nordeste, que segundo ele perderão recursos.
O senador baiano questiona: “Qual empresa grande vai se instalar no Nordeste se não houver o incentivo fiscal dado pelos governos?”, acrescentando que dessa forma perde-se na geração de empregos.
Na entrevista, Coronel criticou também a junção do ISS com o ICMS, proposta na reforma, e que, para ele, vai prejudicar os municípios, pois estes perderão a autonomia sobre o ISS, imposto municipal.